A modalidade que mais faz provas em nauti é a Vela Rádio-Controlada.
A prova consiste sempre a mesma coisa, é um triângulo que pretende ser simétrico (equilátero), demarcado com bóias e fixas nestas umas bandeirolas, flâmulas ou galhardetes ,isto para demarcar sem deixar dúvida onde está a bóia.
Na
partida ou largada o vento estará de proa, portanto o barco deverá
entrar em orça. Ao contornar a segunda bóia teremos vento
largo ou de través, é o melhor desempenho para a vela, e
na terceira bóia até a primeira volta ou chegada teremos
vento de popa, portanto navega-se de empopada.
Normalmente
faz-se três voltas e assim termina a regata. A distância entre
as bóias depende do tipo de veleiro, mas varia também dependendo
da raia. Em geral o comprimento varia de 70 a 100 m para barcos da classe
M ou 1 metro e 20 a 30 metros para barcos do tipo 65.
O
que ganha o piloto que vence esse tipo de prova? primeiro pontuação
e conceito e depois conforme a prova ou o local recebe-se medalhas e taças
ou ainda troféus das mais variadas formas. Considera-se do 1º
ao 3º lugar os demais as vezes recebem diploma de participação.
O
segundo a fazer provas são os barcos de velocidade, a explosão
ou elétrico. O conceito é o mesmo que o veleiro só
que não tem posição ou velocidade do vento , ele aqui
no caso só atrapalha. Também é um triângulo
e o comprimento das pernas do triângulo varia conforme o local e
a cabeça do Juiz da prova.
A
prova consiste em não se encostar nas bóias e em quem faz
o menor tempo.
Não
é fácil ! a velocidade é muito acima do que normalmente
os impulsos humanos de comando permitem, o piloto está no limiar
de sua capacidade e vira e mexe dá uma porrada em alguma coisa ou
com outro barco ou na margem, a adrenalina vai a mil, e o cansaço
logo toma o piloto que em geral fica nervoso e começam as discussões,
é raro uma prova dessas onde outro tipo de explosão não
acontece, a dos ânimos.
Os
prêmios são sempre os mesmos; medalhas , taças e troféus.
E muita ovação.
É
uma prova barulhenta e enervante, é só para quem gosta, o
espectador comum se sente atraído pelo ruído dos motores,
chega, vê, não entende nada, e vai embora sem perguntar ou
saber nada.
Prova
de percurso, em geral de elétricos, aqui também é
admitido o vapor mas muito raramente aparece alguém com barco a
vapor.
Esse
tipo de prova consiste em se fazer um percurso preestabelecido sem muitas
regras, é fornecido um desenho do trajeto bem antes do inicio da
prova, o modelista se quiser pode fazer um treino antes do inicio da prova,
se ele chegar a tempo para isso. A prova consiste em se fazer o percurso
sem encostar nas balizas demarcatórias que nem sempre são
bóias, sem encostar nas mesmas. É muito difícil fazer
isso.
O
balizamento varia de forma , e são em geral modelos de faróis,
ilhotas, ístimos, barreiras longas e até bóias. O
porto em geral tem três dimensões e deve-se atracar sem encostar
nas laterais, só na proa ou popa é tolerado.
O
grande problema desse tipo de prova é que devido ao pequeno número
de participantes não se pode fazer uma seleção de
barcos conforme o comprimento ou melhor o tamanho, dessa forma os modelos
menores levam vantagem o os maiores se danam. Existem equações
para corrigir isso mais nunca são feitas ou então levam a
discussões infindáveis. Não é levado em conta
o tipo de modelo ou ainda sua qualidade, qualquer barquinho que funcione
pode participar seja lá o que for. Não existe o menor critério
de avaliação do modelo.
Prova
para barcos específicos como rebocadores , pesqueiros e lanchas,
sem dúvida existem mas cada vez está mais raro devido a falta
de modelos, o único que em São Paulo faz número é
o rebocador, onde são feitas provas específicas como “Bollard
Trust” que mede o esforço do cabeço ou na realidade a potência
de tração do rebocador, mas aí também se peca,
por não se levar em conta a escala e o cálculo para se saber
na realidade quem é o mais atuante. Prova de rebocar sozinho e em
duplas, mas esquecem as escalas isso devido a carência de modelos.
Mas existe ,e isso é o que vale.
Prova
de modelos militares também existe mas em São Paulo nunca
houve. Sequer existe o regulamento para ser feita a tal prova.
Prova
de avaliação estática, que no Rio de Janeiro chamam
de “Estética” (sei lá por que?) A avaliação
se chama estática porque não é necessário o
barco navegar para se faze-la . Esse tipo de prova só é feito
em barcos em escala, e o que se avalia é a qualidade da feitura
do modelo, sua pintura, e se está de acordo com os desenhos que
deverão ser fornecidos a prióri aos juizes, que são
sempre três. Pode ser para barcos do tipo estático (e não
estético) e para dinâmicos. Ser ou não navegante não
influi na avaliação.
Existem
provas onde tudo é somado e tirada uma média, é o
caso das provas na Europa, onde o modelo sofre uma avaliação
estática, depois vem a qualidade das máquinas, e a prova
de manobras(igual a de percurso); somados os pontos o melhor prevalece.
Nesse caso ganha quem tem a melhor escala, construção; a
melhor máquina, e o melhor percurso. Os prêmios são
dados para todos os itens em separado e um prêmio para a soma dos
três.Não é levada em conta a tração,
pode ser a remo, vela, vapor, elétrico, ar quente e outro que aparecer,
só que tem que passar por todas as provas. Em geral ganham os a
vapor seguidos dos elétricos.
Para
todas essas modalidades os prêmios são sempre os mesmos, medalhas,
taças e troféus; as vezes alguém se lembra de dar
um diploma junto, onde se especifica o que representou a prova, onde foi
e o lugar que ganhou, é o melhor de todos os prêmios.
Veja as fotos alguns dos troféus e taças ganhas pelo autor tanto no Brasil como no exterior.